sexta-feira, 2 de abril de 2021

Segunda Temporada - Início (Considerações)

 É com alegria que venho anunciar que nossa Aventura, seguindo os passos de Maika Hacunan em busca de respostas.




Não haverá grandes mudanças na forma como a história está sendo registrada. Lembrando que esse blog é, acima de tudo, um registro de uma história que depois de terminada, vou trabalhar e transformar em um literatura.

A primeira temporada teve 12 temporadas, e apresentou uma trama que começou extremamente simples e aos poucos foi crescendo e ganhando profundidade.


Essa Segunda temporada terá também 12 episódios.

Antes de começar de fato, algumas considerações.


1- ainda que eu acredite que essa nova temporada - que terá 12 sessões, assim como a primeira - irá responder alguns dos mistérios da trama, pretendo na verdade trazer ainda mais elementos inusitados e aparentemente fora de lugar.


2- Acredito que a personalidade de Maika tenha ficado clara na primeira temporada; dessa forma , podemos agora focar ainda mais no cenario e npcs...


3- tem muitos elementos a serem respondidos:

O que aconteceu com o povo de Maika, que sumiu

O Que aconteceu com a pobre Thabata?

O que houve com Sacha, sua irmã, encontrada morta?

Por que os mapas mostram um mundo diferente daquele que MIka conhecera ?


Vamos ver... .




sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Pela Honra dos que se Foram - Parte 12

 Maika deixara o deserto para trás.

Passava por vilas e estradas. Paisagens desoladoras, cinzentas.

Haviam sinais de que havia vida nessas casas e estradas, há pouco tempo. Mas não mais.

Tudo era silêncio.



....



Foi quando a Tempestade começou a se formar no horizonte.

Nuvens negras em um turbilhão, como se as trevas dançassem no céu.

maika nunca vira nada parecido.

Era algo assustador.

E avançava rapidamente.

Em poucos minutos, engoliria todo o cenário.

Era preciso encontrar abrigo.


...


Maika procurou algum abrigo subterrâneo.

Havia bunkers do periodo antes da CONTAGEM, mas não naqueles lugares.

Por fim, uma construção de pedra foi o unico local que parecia capa de resistir a tempestade.

....


A Tempestade veio como um leão atacando de surpresa.

Aos poucos, a estrada tornara-se quase um rio.

E Maika viu a pouca comida que levava se tornar umida, e por fim se dissolver (estranhamente, por sinal) .

Estava completamente encharcado.


...

Estava tudo escuro, e Maika calculara que estava chovendo há quase 24 horas ininterruptamente.

...


Foi após o segundo dia de tempestade que Maika percebeu que precisava enontrar alimento, ou começaria a sentir os efeitos da fome.

Tentara beber um pouco da agua da chuva, mas essa tinha um gosto amargo, extremamente desagradavel. 

Ele jugara que não deveria beber aquela água, e julgara correto: as planta que cresciam em meio a estrada secavam à olhos vistos, mesmo envoltas pela correnteza liquida.


...


E assim, em meio a maior tempestade que ele já vira, Maika deixa seu abrigo, sem saber ao certo o que fazer ou para onde ir..

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

MInha campanha de Ironsworn não se passa nas Ironlands! Por quê?!?!

 Olá



Muitas pessoas me perguntam em qual parte das Ironlands se passa a minha crônica. A resposta é bem simples: Em nenhuma parte.

A crônica "Pela Honra dos que se Foram" se passa em outro cenário. Ela recebe alguma inspiração da estética (principalmente das fotos) das Ironlands, mas desde a sua "concepção" - e reparem que está entre parenteses, isso vai ser importante daqui a pouco - nunca teve a proposta de utilizar o cenário "oficial" dos livros.

Mas...Por que?


Por vários motivos.

Primeiramente, cumpre dizer que acho a ideia das Ironlands incrível. Mas eu realmente nunca gostei de trabalhar com cenários prontos ou "pré-montados". Sim, eu sei que o livro deixa muita coisa a critério do jogador-mestre, e que uma Ironland nunca será igual a outra.

Mas eu realmente curto a liberdade de não estar preso a nenhum tipo de conceito.

E o livro deixa claro que qualquer opção de cenário pode ser abarcada pelas regras, e que de nenhuma forma o jogo foi feito APENAS para as Ironlands.

Em segundo lugar, pelo prazer de ver um mundo se abrindo a minha frente. Eu não preparei ABSOLUTAMENTE nada dessa campanha. Apenas criei um personagem.

Todo o resto veio diretamente dos oráculos e movimentos.

Tecnicamente, o mundo em que meu personagem Maika transita - e que ainda não tem nome - pode ter qualquer coisa. é um mundo medieval? Provavelmente. Mas se os oráculos e as perguntas feitas sugerirem o contrário, introduzirei novos elementos sem qualquer medo.


LOST

Outro fator importante é que essa história realmente tem muita inspiração no seriado LOST.

Não falo do plot ou do gênero, mas na forma que a história é contada.

A ideia de introduzir elementos aparentemente desconexos que de alguma forma parecem se ligar a um cenário maior, mas que os personagens não tem acesso. Eu adoro esse recurso narrativo, e vou explorar cada vez mais.

E antes que alguém pergunte: Eu adorei o final de LOST. Adorei que deixaram um monte de coisa sem responder. 

Eu ia achar um porre se todos os misterios tivessem sido explicados. Adoro enigmas e mistérios que se propagam no tempo e parecem infinitos! O mundo é cheio de locais assim...Stonehenge...Piramides do Egito...faz parte da aura de magia e mistério esse desconhecimento que nunca se resolve, e eu realmente gosto.

NAs proximas sessões da aventura, eu pretendo intensificar o estranhamento e adicionar um grande numero de peças desse quebra cabeça. Algumas delas serão explicadas, outras vou deixar propositadamente obscuras...talvez no futuro elas clareiem, talvez não. 


Essa campanha está sendo feita para durar muito, muito tempo. Anos. Talvez décadas.


Não tenho pressa.

domingo, 6 de setembro de 2020

Pela Honra dos que se Foram - Parte 11

 Era ainda deserto, e Maika seguia, sem saber ao certo se trilhava o caminho correto...



Foram horas, talvez dias de caminhada. Ele simplesmente não se lembrava, e nunca mais se lembraria.

Depois que Thabata - aquela coisa que a menina se transformara - se fora, era apenas isso em que ele pensava.

Apenas algo muito significativo tiraria essa imagem da cabeça do jovem.

E foi justamente isso que aconteceu.


....


Era a estrada pela qual viera. Não havia duvidas. O deserto ficava para trás.

Maika achara o caminho para sua vila, para sua Casa.

O que não fazia sentido nenhum, pois ele tinha certeza que viera pelo direção oposta a essa que tomara desde que deixara as Irmãs da Vingança e o povo do Deserto.

Mas era o caminho para casa.


...

Foi seguindo meio dia de viagem por aquela estrada que Maika avistou uma pessoa caída logo a frente.

Ele a princípio não descobriu quem era, mas sentiu algo diferente.

Sabia que seu destino mudaria naquela momento.

Deixando de lado toda a cautela, ele sai correndo, uma corrida desesperada.

Ele se aproxima, e não se espanta com aquilo que vê.

Sua irmã ali se encontra. Sacha.

(Era de fato sua irmã)

Maika se vê atônito, sem voz. Queria falar tanta coisa, mesmo sem saber se sua irmã estava morta, ou somente desacordada.


Sasha não estava respirando. Seu corpo inerte e imóvel, coberto de poeira, como se estivesse ali há muito, muito tempo.


...


Maika passou o resto do dia ali, deitado ao lado de sua irmã - do que fora sua irmã.

Era de fato, extremamente semelhante a Thabata, e ele cada vez mais tinha certeza de que esse fato era mais que coincidência ou semelhança. Era algo de uma ordem inexplicável.

Tudo era inexplicável desde que os seus sumiram.

...


Foi uma despedida silenciosa, que durou todo dia seguinte. Maika cavou uma cova profunda, e passou horas juntando pedras.

Não podiam ser qualquer pedra.

Deveriam ser pedras bonitas, as mais bonitas que encontra-se.

E assim Sasha conheceu o descanso final.

Em uma estrada infinita, sob as pedras mais bonitas.

Maika acreditava em uma vida após a morte, onde se vive o melhor dos dias repetidamente.

Fechando os olhos, ele diz seu último adeus, e parte.

Despedaçado, e decidido.

Ele descobriria a verdade de tudo, nem que tivesse que colocar fogo no mundo para isso.


Continua...

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

1 ano de Campanha - Reflexões

 People, essa semana minha campanha de Ironsworn completa 1 ano de idade!

Impressionante como o tempo passa rápido.

Foram 10 sessões até agora. Sei que parece pouco - ainda mais se tratando de uma campanha solo - mas já tive grupos de RPG ao longo dos anos que se reunia bem menos que isso para jogar, então acho que é uma média boa.

Eu amo o rpg Ironsworn. E essa campanha está sendo uma das coisas mais legais que já joguei na vida.


Procuro fazer sessões apenas quando REALMENTE estou curioso sobre como a história continua. Nunca joguei apenas por "obrigação" ou por alguma agenda interna. Tem sido algo bem livre, solto e satisfatório.


"Por que você não coloca nenhuma referência às regras?"

Primeiro, porque minha intenção com esse blog nunca foi ensinar a galera a jogar Ironsworn.

Para isso, recomendo os videos fantásticos do Caio Romero, que são muito, muito bons!


Acima de tudo, o blog é para manter o registro do que acontece na aventura.

Para anotar, narrativamente, as principais coisas que acontecem na história.

E também tem sido um exercício de escrita.

Eu costumo escrever muitas coisas quando quero descrever algo, e isso as vezes me irrita profundamente.

Com essa campanha, eu estou aprendendo um tipo de escrita sucinta, rápida, e que tem melhorado muito a forma como escrevo outras coisas.

E, a julgar pelo que tem acontecido na história, essa campanha vai durar ainda muitos e muitos anos!


Longa vida ao Ironsworn!

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Pela Honra dos que se Foram - Parte 10

 Tudo aconteceu de repente, e sem aviso


A menina apareceu do nada, alguns metros a frente da comitiva.

Não houve ataque, de nenhum dos lados.

Apenas gritos e pavor. E pedidos de socorro. E dor.

os homens mascarados começaram, todos ao mesmo tempo, a afundarem por entre as areias e rochas.

Como se buracos sob a rocha se abrissem sob seus pés.

Mas não havia abertura alguma, apenas areia e pedra.

...


Ficaram sozinhos, a menina e Maika.

Mas por pouco tempo.

Ela se dissolve em sombras, uma sombra sólida que não era sólida, como areia escorrendo de uma apulheta, e some na unica onda de vento que passou desde que pegaram o caminho do deserto.

Quais as consequencias disso para a sua busca, maika mal podia imaginar.

Uma dor atingiu seu peito, não uma dor fisica, mas a dor da despedida, e maika se lembrou de sua irmã.

Era sempre - sempre - a sua irmã, pequena e desprotegida, que Maika tantas vezes protegera e velara.

...

Maika decidi investigar as carroças que compunham a comitiva.

Vazias.

Por que tantas pessoas empreenderiam uma viagem por um deserto que não deveria existir, levando ...nada?

Ou eles estavam indo buscar algo e trazer de volta?

Mas aonde?

O que?

Maika simplesmente desistiu de procurar.

E as areias começaram a consumir a comitiva, da mesma forma que fez com o povo mascarado.

E em pouco tempo, era apenas Maika, e o deserto sombrio



Continua...

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Pela Honra dos que se Foram - Parte 9

 Novamente, eles seguiam pelo deserto cinza.

Maika, e a menina de olhos negros. Thabata.

Seria ainda Thabata?



A menina ficara em silencio desde que deixaram o local subterrâneo. Parecia entender quando Maika falava, mas todo o resto era diferente, até mesmo o jeito de andar

Aos poucos, as rochas e areiam começam a dar lugar à arvores esparsas, secas e negras. Inertes, diferentes das outras.

Essas são apenas árvores, e Maika respira aliviado.

Thabata sequer respira, nota Maika.


...


Ele decide que é hora de parar. O sol está se pondo, e tudo começa a ser lentamente engolido pelas trevas.

Em meio a um tronco do que um dia foi uma arvore, ele acende uma fogueira.

A menina deita em uma posição desconfortável, e se mantém inerte, ainda de olhos abertos e sem nunca piscar.

Nunca


...

Foi no meio da noite que Maika viu , na distância, as luzes do que parecia ser uma pequena comitiva de carroças.

Intrigado ("O que diabos faria uma comitiva nessas terras?"), ele parte, não sem antes olhar para Thabata, que continuava exatamente na mesma posição torta em que deitara.

Algo, talvez apenas a curiosidade, o chamava.


...


Haviam pedras irregulares e grandes por todos os lados, e foi facil para Maika se aproximar sorrateiramente.

As luzes das tochas mostravam ser uma comitiva de muitas pessoas.

E aquelas mascaras, e aquelas roupas.

Eram as pessoas - ou ao menos o mesmo povo - do qual Maika havia fugido no fatídico dia em que seu povo desaparecera sem deixar vestigios.


Sentindo um misto de pavor com vingança com desejo de encontrar os seus, ele se aproxima ainda mais, e exatamente nessa hora, a comitiva muda repentina seu curso, dirigindo-se agora ao ponto onde Maika se encontrava.


Maika se vira, e tenta correr

Mas não consegue.

3 homens com o rosto pintado como se fossem mascaras o agarram, murmurando palavras ásperas em uma lingua gutural.


Maika não tenta resistir. Em poucos segundos, mais de 10 pessoas - homens e mulheres - o cercam.

Ele sabe que sua vida está sendo decidido ali, e por um momento, um simples segundo, ele pensa em lutar.

Mas ele sabe que morreria.

E que se isso acontecesse, nunca descobriria o destino de seu povo.

Ele deixa cair sua arma, e baixa sua guarda, em sinal de rendição.


O povo mascarado, como se tivesse acompanhado todo o processo mental do seu inimigo, relaxa suas armas, e surpreendentemente começam a indicar a Maika, com gentileza, o caminho da comitiva.


...


Maika caminha ao lado dos homens por 5 segundos


Quando acontece.

Uma sombra cruza a escuridão

(e Maika se pergunta como é possível ver uma sombra na escuridão do deserto, e quando ela passa e se vai (para onde?), lá está ela, cerca de 10 passos à frente da comitiva:


THABATA

Mas não era mais Thabata.

Era a Morte

A Escuridão

E as Sombras


Foi quando o massacre começou...


Continua



Segunda Temporada - Início (Considerações)

 É com alegria que venho anunciar que nossa Aventura, seguindo os passos de Maika Hacunan em busca de respostas. Não haverá grandes mudanças...