Maika mal pode acreditar quando a armadilha na ponte funcionou exatamente da forma que ele havia planejado.
As figuras encapuzadas caíram com um baque surdo, seguido de perto pelo som de ossos partidos.
O sangue de Maika gelava. Esperou ouvir gritos de dor e de socorro.
Mas nem mesmo um único "ai" foi ouvido.
"Que criaturas são essas?!", Pensou o jovem.
...
Maika se aproximou veloz e sorrateiramente. Alguns deles estavam no chão, inertes e parcialmente imersos no córrego gelado.
Mas 2 estavam em pé, atordoados.
...
Os movimentos de Maika foram precisos. Seu ataque foi feroz e mortal.
Mas os mantos foram tudo que ele atingiu. Foi como se o corpo que habitava aquela roupa de monge tivessem... desaparecido.
E foi exatamente isso que aconteceu.
...
Maika revistou os corpos dos outros, daqueles que jaziam inertes no córrego.
Inexplicavelmente, esses não desapareceram.
Maika pensou em levantar os capuzes e vislumbrar o que se escondia ali, mas algo gritou dentro dele:
"Não faça isso. Você não está preparado para o que verá"
...
Um dos mortos segurava um colar em suas mãos, com o símbolo da Árvore Seca e da Espada, o brasão da comunidade.
...
Sem obter muito além disso, Maika sabia que precisava ir.
E foi, rumo ao norte gelado, vendo a sua frente o horizonte cinzento, as curvas da estrada de pedras, e o vento frio do inverno eterno.
...
Maika chegou até onde a estrada acabava, e onde começava o deserto.
Só havia um único problema:
"Não havia, e nunca houve, um deserto ao Norte"
Continua...
